sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Libras

Penso que todos nós temos nossas limitações de certa forma, e muitas vezes para não sofrer nenhum preconceito escondemos estas limitações, o que fica mais difícil para alguém surdo, assim ele mesmo se isola, por medo de discriminação. Mas precisamos mudar esta cultura começando pelas pessoas surdas, elas precisam aparecer ocupar seus espaços na sociedade, muitos se acham incapazes, preferem nem tentar se incluir na sociedade, às vezes, até por um cuidado exercível dos pais.
Eu acredito na inclusão, penso que a Escola, assim como toda a sociedade, precisa ter espaço para todos, sem discriminação, olhando como algo novo, um desafio, novas aprendizagens, como diz o texto, a pessoa surda só não ouve, mas é capaz de tudo mais.
Penso que se precisasse me comunicar com alguém surda faria gestos universais como mímica, e usaria a expressão labial também, pois não sei a linguagem de sinais.
Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. É um modo de vida. A surdez não consiste somente em uma deficiência sensorial, mas, sim, em algo mais complexo, pois consequências sociais da condição da surdez podem fazer com que o sujeito não consiga se comunicar com a sociedade de um modo geral, o que causa isolamento e discriminação para com essas pessoas.
Muitas vezes, o sujeito surdo transita entre essas duas culturas, a surda e a ouvinte; no entanto, sua identidade se constitui com a consciência de ser definitivamente diferente por necessitar de recursos completamente visuais. Essa oscilação entre os surdos e os ouvintes faz com que o sujeito surdo constitua, por vezes, sua identidade de forma fragmentada.
Para interagir com o sujeito surdo em primeiro lugar é preciso unir estas duas culturas, estabelecer uma identidade única para o surdo, pois o surdo não participa da sociedade ouvinte por falta de comunicação e nem nós da comunidade surda por falta de sinais.
Eu na verdade me considero analfabeta quando a língua de sinais é como se eu fosse surda em contato com esta cultura.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Thais!! Nessa postagem resgatas um pouco da história e do movimento dos surdos e fazes uma análise crítica da mesma. Abração!!