segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Educação é um Ato Coletivo

[...] ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho. A educação
deve ser um ato coletivo, solidário – um ato de amor, não pode ser
imposta. Educar é uma tarefa de trocas entre pessoas e, se não pode ser
nunca feita por um sujeito isolado [...] Há sempre educadores-educandos
e educandos-educadores. De lado a lado se ensina. De lado a lado se
aprende (BRANDÃO, 2006, p. 21-22).


Uma prática de alfabetização crítica precisa ser sensível as condições históricas, sociais e culturais que contribuem para as formas de conhecimento e de significado que os alunos trazem para a escola, fomentando a individualidade como parte de um projeto moral e político para uma ação social transformadora. A alfabetização política cultural exige repensar o currículo compreendendo-o como um instrumento que representa um conjunto de interesses que devem ser postos, examinados e debatidos criticamente e que permita que as diversas vozes escolares sejam ouvidas, confirmando e legitimando as experiências que dão sentido às próprias vidas. Não somente a educação de Jovens e Adultos, como a educação toda representa uma possibilidade que pode contribuir para efetivar um caminho e desenvolvimento de todas as pessoas, de todas as idades. Planejar esse processo é uma grande responsabilidade social e educacional, cabendo ao professor no seu papel de mediar o conhecimento, ter uma base sólida de formação.
Hoje, percebe-se que aprender é um direito básico de todos e uma necessidade individual e social de homens e mulheres. O domínio da leitura e da escrita e a habilidade em produzir textos são um divisor social que discrimina e inferioriza os sujeitos que não os possuem. Ler e escrever bem são condições para que o sujeito não seja excluído. Na educação de jovens e adultos precisamos contar com profissionais abertos à troca de experiências, dispostos a aprender com o outro, que vibram com o avanço da aprendizagem em seus alunos e acreditam em suas capacidades, respeitando as diferenças sociais, culturais, religiosas, enfim, respeitando o direito do outro em ser ímpar, mas ao mesmo tempo sendo respeitado em seus direitos.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Thais, muito interessante esse teu texto, que tal aproximá-lo das tuas práticas?
Abração!!