segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Grandes Pensadores

Didática

Pensadores da Escola Nova

JOHN DEWEY
Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento – físico, emocional e intelectual. O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas. Nesse contexto, a democracia ganha peso, por ser a ordem política que permite o maior desenvolvimento dos indivíduos, no papel de decidir em conjunto o destino do grupo a que pertencem. Dewey defendia a democracia não só no campo institucional, mas também no interior das escolas.
A escola deve proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação, em vez de lidar com as crianças de forma isolada. Para ele o objetivo da Escola deveria ser ensinar a criança a viver no mundo. Ele estimava o professor que em vez de dar a resposta pronta ao aluno levava-o a pensar e a instigar sua mente. Para ele somente a inteligência libertará o homem. Em lugar de começar com definições ou conceitos já elaborados, deve usar procedimentos que façam o aluno raciocinar e elaborar os próprios conceitos para depois confrontar com o conhecimento sistematizado.

OVIDE DECROLY
Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse.
Ele acreditava que o ensino deveria se aproveitar das aptidões naturais de cada faixa etária. Decroly preferia o trabalho em grupos, uma vez que a escola, para ele, deveria preparar para o convívio em sociedade. Todo este modo de trabalhar e organizar a Escola por meios de centros de interesses dos alunos lembra muito a Escola da Ponte, e os projetos de aprendizagens (PA), eu concordo que a escola precisa trabalhar nestes centros de interesses estimulando seus saberes e construindo novos a partir de trocas de experiências bem sucedidas.

MARIA MONTESSORI
Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. Penso que aprender é algo único, individual, aprendemos com o outro, no coletivo, mas nossas aprendizagens são únicas, o modo que aprendemos é único, depende de cada individuo.
O objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma “educação para a vida”. Montessori elegeu como prioridade os anos iniciais da vida. Para ela, a criança não é um pretendente a adulto e, como tal, um ser incompleto. Desde seu nascimento, já é um ser humano integral, o que inverte o foco da sala de aula tradicional, centrada no professor.
Para ela o importante na aprendizagem é usar o concreto, pois crianças adoram tocar, cheirar, ver as formas, sentir...

CÉLESTIN FREINET
Para ele, a atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar e transformar o meio e emancipar quem o exerce. Diferentemente da maioria dos pedagogos modernos, o educador francês não via valor didático no erro. Ele acreditava que o fracasso desequilibra e desmotiva o aluno, por isso o professor deve ajudá-lo a superar o erro. “Freinet descobriu que a forma mais profunda de aprendizado é o envolvimento afetivo”, diz Rosa Sampaio.
Freinet criou as aulas-passeio e os cantinhos temáticos na sala de aula, que são usadas por quase todas as escolas nos dias de hoje, mas concordo que simplesmente construir estas técnicas não significa que são professores freinetiana, pois para tudo isto é preciso estar presente em sala de aula os objetivos de se fazer tal coisa, é preciso estar voltados para as condições sociais para assim promover uma aprendizagem significativa.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Thais! Nessa tua postagem, trazes alguns pensadores da educação e, a partir das suas propostas, comentas sobre algumas propostas pedagógicas vivenciadas. Pensando nas reflexões desses pensadores, qual deles consideras mais interessante para pensarmos a educação? Abraços!