segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Comenio "O pai da didática"

Fiquei muito impressionada pela atualidade do texto de Comenio “o pai da didática”, não havia lido nada sobre ele e me surpreendi como um texto de 300 anos fala sobre o brincar como forma de aprendizagem, mostra letras, palavras e figuras para dar significado à alfabetização, e como relata uma educação para todos.
Concordo que seus pensamentos são atuais principalmente quando defende o ensino de "tudo para todos", respeitando a inteligência e os sentimentos da criança e as práticas de aprender brincando que pensamos ser tão atual, elementos estes que fazem parte do meu contexto de trabalho.
Exemplo disso é quando se fala de uma escola em que as crianças são respeitadas como seres humanos dotados de inteligência, aptidões, sentimentos e limites, logo pensamos em concepções modernas de ensino. Assim como acreditamos que o direito de todas as pessoas – absolutamente todas – à educação é um princípio que só surgiu há algumas dezenas de anos.
Ele fala em um ensino não superficial, mas sólido com consistência de ensino e prazer, algo que seja real para os alunos e que faça sentido para suas vidas.
Didática significa arte de ensinar. E esta arca como ele coloca precisa ser melhorada, precisamos buscar novos elementos para os alunos aprendam melhor.
Para Comenio: A educação deveria começar pelos sentidos, pois as experiências sensoriais obtidas por meio dos objectos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão.
É o que chamamos de vivencia, e base hoje em nossas Escolas, pois queremos que nossos alunos esperimentem, construam atraves de suas experiencias novas aprendizagens, aprimorando o intelecto.
Penso que cada autor tem sua época e suas razões de ver a didática com seus olhos, mas o que impressiona, como já falei, é o tempo e a durabilidade seus ensinamentos. Vejo que precisamos respeitar todos os autores atuais mas nunca esquecer o passado.
A educação será sempre alvo de controvérsias entre os estudiosos. Não é uma coisa sobre a qual se possa garantir êxito indiscutível, daí ter dito Jeffreys (1975:13):
A educação, como a democracia, é um processo lento e cheio de riscos. Pode sair errado, e pode falhar. Nada lucramos alimentando ilusões a respeito da eficácia da educação. Acreditamos na educação, assim como acreditamos na democracia, porque a alternativa seria o desespero final da humanidade. Mas nem a educação nem a democracia podem valer mais do que o povo que as põe em prática.”
É a valorização do professor, é a formação continuada e qualidade no ensino, que falta tanto em nosso país, e que buscar soluções, mas nunca desacreditar.

Um comentário:

celilutz1 disse...

Querida Thais:
A tua reflexão está muito boa. Parabéns. Percebe-se que conseguiste fazer uma boa leitura de mundo, identificando ideias de Comênio que, até hoje, permanecem atuais.
Se fôssemos continuar essa reflexão: essas ideias estão contempladas na Proposta Pedagógica da Escola? São creditadas a Comênio? Fica o desafio.
Grande abraço.
Celi