sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aspectos Culturais

Durante o semestre cursando a interdisciplina de Linguagem lembrei-me de um caso bem intrigante que gostaria de relatar, não sei ao certo a autoria, mas é o caso de um aluno que não sabia escrever no 3º ano e escondia isso da professora, e sempre que ela mandava escrever um texto com determinado tema ele fazia de conta que estava escrevendo. E o mais interessante que quando solicitado para ler o texto na frente da turma ele lia (o papel em branco) e sua redação sempre era a mais bonita, a mais criativa. O aluno inventava tudo, de acordo com sua vivencia e conhecimento.
Como falta esta base, importassíma para o letramento e a alfabetização, a base de tudo, a família, o acompanhamento de um adulto, os saberes passados em gerações, os conhecimentos prévios, hoje as crianças vêm para a escola sem nenhum conceito de família, sem nenhuma bagagem positiva, somente aquelas marcas que agem negativamente na aprendizagem. A escola trabalha para verbalizar os conheciementos pré estabelecidos, é o saber ser e o saber dizer algo, ela transforma práticas sociais. Culpam a escola por todo o fracasso social que há no país. Colocam que o principal motivo da pobreza é a falta de escolarização e deixam de lado toda a falta de cultura de um problema social.
O Brasil está cheio de exemplos de pessoas com baixa escolaridade e muita ascensão profissional, pois a escola nem sempre ensina a pessoa ser empreendedora, que é uma das marcas do sucesso. Outro fato é que o analfabetismo é uma das principais razões do ciclo permanente de pobreza e subdesenvolvimento em que muitos países se en­contram. Como é comum ver pais analfabetos e filhos também, como é difícil quebrar este círculo, falta incentivo, motivação, para que haja uma mudança significativa na vida dessas pessoa.

Libras

Penso que todos nós temos nossas limitações de certa forma, e muitas vezes para não sofrer nenhum preconceito escondemos estas limitações, o que fica mais difícil para alguém surdo, assim ele mesmo se isola, por medo de discriminação. Mas precisamos mudar esta cultura começando pelas pessoas surdas, elas precisam aparecer ocupar seus espaços na sociedade, muitos se acham incapazes, preferem nem tentar se incluir na sociedade, às vezes, até por um cuidado exercível dos pais.
Eu acredito na inclusão, penso que a Escola, assim como toda a sociedade, precisa ter espaço para todos, sem discriminação, olhando como algo novo, um desafio, novas aprendizagens, como diz o texto, a pessoa surda só não ouve, mas é capaz de tudo mais.
Penso que se precisasse me comunicar com alguém surda faria gestos universais como mímica, e usaria a expressão labial também, pois não sei a linguagem de sinais.
Eles pertencem a uma comunidade, uma cultura. É um modo de vida. A surdez não consiste somente em uma deficiência sensorial, mas, sim, em algo mais complexo, pois consequências sociais da condição da surdez podem fazer com que o sujeito não consiga se comunicar com a sociedade de um modo geral, o que causa isolamento e discriminação para com essas pessoas.
Muitas vezes, o sujeito surdo transita entre essas duas culturas, a surda e a ouvinte; no entanto, sua identidade se constitui com a consciência de ser definitivamente diferente por necessitar de recursos completamente visuais. Essa oscilação entre os surdos e os ouvintes faz com que o sujeito surdo constitua, por vezes, sua identidade de forma fragmentada.
Para interagir com o sujeito surdo em primeiro lugar é preciso unir estas duas culturas, estabelecer uma identidade única para o surdo, pois o surdo não participa da sociedade ouvinte por falta de comunicação e nem nós da comunidade surda por falta de sinais.
Eu na verdade me considero analfabeta quando a língua de sinais é como se eu fosse surda em contato com esta cultura.

Ótimo Filme...

“Seu Nome é Jonas”
Jonas quando criança foi diagnosticada como retardado, ficando internado em um hospital por três anos. A família o retira do hospital, mas eles não conseguem comunicar-se com Jonas e vice-versa, resolvem coloca-lo em uma escola Estímulo x resposta, a professora recomenda o uso de um aparelho de surdez, não contribuindo muito. Pai de Jonas perde a paciência por muitas vezes chegando até rotula-lo de retardado, o pai o força a integrar-se em atividades do clube e todos o rejeitam, pensam que Jonas é incapaz de brincar normalmente como as outras crianças. A mãe, que não aceita a rejeição de seu filho pela sociedade e pelo próprio pai, continua uma luta tentando encontrar um meio em ingressar Jonas na sociedade, o leva então a uma escola onde tem treinamento, lá a diretora diz que é proibido a linguagem por sinais e gestos, essa escola acreditam que eles tornam-se preguiçosos para falar, achando que surdez não é algo possível de se conviver na sociedade. A professora o força a falar, usando um aparelho de surdez, mas que para Jonas não funciona. No parque ele tenta comunicar-se com as mãos com sua mãe pedindo que ela venha ver o que ele quer, ela não o compreende ele perde a paciência e a agride. O Pai preocupa-se muito com que as pessoas falam do Jonas, briga com a mãe e sai de casa. O avô de Jonas morre os dois conseguiam ter uma ótima relação os dois comunicavam-se através dos olhares, brincadeiras e gestos. Quando os dois estavam brincando seu avô cai morto no chão, Jonas sente muito, chegando a pegar dinheiro escondido para ir até a feira a procura do avô, ele perde-se o guarda com não o compreende o leva para o hospital, Jonas agita-se muito, como eles não sabem que ele não pode falar o amarram na cama. A mãe conhece uma família de surdos, e vai até um clube de surdos, onde todos se comunicavam, agora a mãe que se sente em outro mundo. Jonas e a mãe aprendem a Linguagem de Sinais e ele começa a interagir com todos a sua volta.