quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Auto Avaliação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA - PEAD
INTERDISCIPLINA: Escola, Cultura e Sociedade: uma abordagem sociocultural e antropológica.
PROFESSORA: Carmem Machado
NOME COMPLETO DA ALUNA: Thais Natali Haag
DATA DA POSTAGEM: 23 / 11 / 2008
NOME DA ATIVIDADE: 08 – Auto Avaliação


Acho que atendi bem a todas as atividades e solicitações feitas pelas professoras e tutoras. No modo geral não acho que houve algum dilema e nem conflito durante o semestre. Sempre que possível participei de fóruns e me manifestava com opiniões e sugestões. Entreguei todos os trabalhos no prazo certo, sem dificuldades.
Sempre estou lendo muito, leio a revista Nova Escola, que traz reportagens muito boas sobre todo o andamento da escola e educação, leio jornais e a revista Época que também traz atualizações sobre o mundo, que são informações importantes para nós professores que queremos formar cidadãos leitores e autônomos de seus pensamentos.
Contudo posso dizer que meus pensamentos são um mesclado de tudo que leio, observo e faço durante meu dia. Costumo disser que ultimamente minha vida está todo ligada na Pedagogia, tudo que vejo sobre escola e educação já presto atenção e tendo usar as informações na teoria do meu curso.
Acho que são muitas coisas importantes para o nosso desenvolvimento e formação, uma delas discutida nos trabalhos é a questão da ética, que ao meu ver é fundamental para todos profissionais e alunos. Como citei no trabalho sobre o que é ser professor?“A ética é inseparável da prática educativa, não importa se trabalharmos com crianças, jovens ou adultos precisamos sempre lembrar que a educação é algo que transforma e assim modifica para sempre” (Freire 1997). E confirmo minha fala que diz: “Ser professor é ter bom senso, coerência e dedicação aos alunos e pelo próprio magistério. Todo professor deve ter respeito por si mesmo, sua profissão e pelo educando, sua experiência de vida e saberes anteriores”.
Lembro do texto de KANT, que diz que nem todos foram feitos para pensar, que há trabalhos distintos para cada ser humano. Ainda não gostei desse autor, pois acho que o processo de socialização não deve ser diferenciado.
Gostei também dos textos de Max Weber e concordo com ele no que diz que sempre uma classe será dominada e outra dominadora. Acho que o tema é bem real nos dias de hoje ainda.
Sobre Marx a conversa no fórum foi muito boa, gostei das falas das minhas colegas e discutimos muito sobre o capitalismo. Uma fala da Zilá que quero citar aqui foi assim: “Em tua escrita revelaste já o porquê de Marx teorizar que a classe trabalhadora deveria cuidar da educação de seus filhos. Porque a classe dominante sempre cuidou dos seus. Se hoje existem escolas particulares com toda a infraestrutura e com crianças bastante curiosas é porque os dominadores, com a ajuda do Estado protegeram suas vontades. A escola pública é fruto deliberado da ação da classe dominante com a ajuda do Estado para manter os filhos do proletariado em estado de miséria para que possam trabalhar para os oriundos das particulares. A convivência fraterna em meio a profundas desigualdades é só uma máscara”.
Com certeza não esquecerei dessas palavras.
Em fim posso citar também neste texto a fala do autor Maurice Tardif, discutiu o que é ensinar para nós professores em uma linguagem clara e objetiva, usando muito bem nossa realidade muitas vezes tão conflitante, entre os conteúdos, métodos e realidade, ele acrescenta: “Concretamente, ensinar é desencadear um programa de interações com um grupo de alunos, a fim de atingir determinados objetivos educativos relativos à aprendizagem de conhecimentos e à socialização”.





Bibliografia: Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários a prática educativa. São Paulo, Brasil.
FREIRE, Paulo. Cartas. In Pedagogia da Indignação. Petrópolis: Vozes, 1998.


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Desigualdade educacional é ainda maior que a de renda


Estudo mostra que abismo entre pobres e ricos no Brasil é maior na educação

Pesquisador usou parâmetros similares aos da fórmula usada por economistas para chegar a essa conclusão

ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO

O abismo que separa pobres e ricos no país em termos de aprendizado é maior que o verificado na desigualdade de renda, área em que, apesar dos avanços recentes, o Brasil ainda é lembrado como uma das nações mais desiguais.A conclusão é de um estudo do pesquisador José Francisco Soares, coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais.Publicado no periódico científico "International Journal of Educational Research" (Jornal Internacional de Pesquisa Educacional), o trabalho estimou a desigualdade na educação brasileira usando parâmetros similares aos do índice de Gini, fórmula usada por economistas para avaliar o grau de desigualdade na renda de um país. Esse índice varia de zero a um, sendo um o máximo de desigualdade.Usando a mesma escala, Soares calculou a desigualdade de aprendizado de alunos brasileiros a partir das notas dos estudantes de oitava série nas provas de matemática do Saeb em 2003 (exame do MEC que avalia a qualidade da educação) e chegou ao índice de 0,635."É um valor alto, o que mostra que o resultado do sistema educacional brasileiro fica muito abaixo das expectativas. É também superior ao índice de Gini do Brasil, ou seja, a desigualdade educacional [...] é maior do que a econômica", afirma o pesquisador em seu artigo. Para 2003, o IBGE calculou em 0,545 o índice de Gini brasileiro.O estudo mostra ainda que a desigualdade entre meninas é maior do que a entre meninos e que, de 1995 a 2003, houve aumento no índice.Para calcular a desigualdade, Soares diz que os economistas estabeleceram como parâmetro uma situação ideal em que todos teriam a mesma renda e, a partir daí, medem quão distante cada país está disso. "O que fiz foi adaptar essa idéia para a educação. Aqui, entretanto, o ideal em termos de desempenho não é a igualdade. Não podemos querer que todos aprendam o mesmo em todas as áreas. Quando eu olho uma boa escola, é preciso que ela tenha um grupo de excelência, mas que seja também capaz de garantir níveis básicos de aprendizados para todos."Para Soares, o preocupante no caso brasileiro é que a desigualdade nas notas entre alunos nem sempre é discutida pelos gestores. Ele teme que possa acontecer com a educação o mesmo que ocorreu com a economia no milagre econômico (na década de 70) -ou seja, as médias crescerem sem que a desigualdade diminua."O Ideb [índice criado pelo MEC a partir das taxas de repetência e notas dos alunos para estabelecer metas de melhoria até 2022], por exemplo, não incorporou essa discussão. As médias poderão melhorar com estratégias não equitativas."Como exemplo de uma dessas estratégias que melhoram as médias sem diminuir a desigualdade, ele lembra que uma escola pode concentrar seus esforços nos alunos medianos e que estão mais próximos da meta, deixando de lado os que estão muito abaixo.

sábado, 8 de novembro de 2008

Reflexão sobre Projeto

Minha reflexão individual quanto às possibilidades de aprendizagem, dificuldades encontradas na metodologia, vantagens desta metodologia na pratica em sala de aula.
As possibilidades para se trabalhar com projetos em sala de aula são muitas, uma delas é que é preciso haver uma pesquisa sendo que esta mesma incorpora necessariamente a prática ao lado da teoria. Ela estabelece um processo de formação do sujeito crítico e criativo que encontra no conhecimento a arma mais potente de inovação.
A aula que apenas repassa conhecimento não deixa o aluno criar, ele vira um objeto na aprendizagem, a aula vira um treinamento. A aula copiada não constrói nada, e por isso não educa ninguém.
A pesquisa em grupo, ou individual, como parte de um projeto, faz parte de uma educação emancipatória pelo motivo que somente um ambiente de sujeitos gesta sujeitos. A pesquisa se alimenta da dúvida, de hipóteses alternativas de explicação e da superação constante de paradigmas, a educação alimenta o aprender a aprender.
A criança é por vocação um pesquisador pertinaz, compulsivo. A escola, muitas vezes, atrapalha esta volúpia infantil, privilegiando em excesso disciplina, ordem, atenção, imitação do comportamento adulto, como se estivesse na escola para escutar e fazer o que os outros mandam.
Na construção do saber é necessário que o aluno passe de objeto a sujeito, implicando a sua participação plena, assim ele deixa de ser aluno, para tornar-se parceiro de trabalho.
Para transformar a sala de aula em um local de trabalho conjunto exige competência, exige que o professor conheça cada aluno e assim conheça suas motivações e contexto social, estabelecendo nele confiança e segurança. O professor deve valorizar a experiência do aluno, o que se aprende na escola deve aparecer na vida.
É claro que a escola deve estar preparada para a pesquisa, ela deve fornecer materiais para os alunos, ter uma biblioteca equipada e não apenas livros didáticos. O que muitas vezes vira uma dificuldade, pois não há recursos para tudo. Além disso, a pesquisa leva mais tempo, será preciso reorganizar o currículo escolar em todos os sentidos, bem como a avaliação que precisará ser reformada.
Para a formação de um projeto e um trabalho de pesquisa é preciso levar em conta alguns pontos como: partir de uma hipótese de trabalho, delimitar o tema oferecendo critérios para decidir até onde ir, o que ler e não ler, consolidar a capacidade de explicar as questões, indo às argumentações e contra-argumentações. A verificação da hipótese indica a parte do trabalho em que se responde à pergunta inicial orientadora.