sexta-feira, 30 de abril de 2010

Reflexões da Semana



As dificuldades de aprendizagem

Acredito que a cada ano que passa as dificuldades de aprendizagem na educação vem aumentando muito, cada vez mais nos deparamos com crianças ditas “normais”, que brincam, riem, dançam, cantam, se divertem, mas em sala de aula apresentam serias dificuldades de aprendizagem. Essas crianças são acostumadas a repetirem 2, 3 anos a mesma série e a conviver assim com o fracasso escolar.
Mas o que te fato causam estas dificuldades ainda pra mim é um desafio, pois as vezes penso que é emocional, ou psicológico, ou genético, associados a má alimentação, ou talvez desinteresse do aluno e da família ou neurológico, não sei de fato o que acontece, só sei que cada vez esta mais difícil lidar com problemas tão heterogêneos, só sei que uma das saídas é apostar na formação dos professores para atuarem nesta realidade em vez de procurarmos culpados por seus problemas.
Penso que não importa o problemas que a criança apresente, o melhor lugar para este acompanhamento é na escola, pois é no contexto de sala de aula que as coisas acontecem e se definem.
Todos nós passamos por dificuldades na vida (eu sei bem o que isto agora), e estas dificuldades alteram nosso comportamento, desempenho e forma de ver as coisas, se com adultos já é difícil imagino com as crianças, que passam deste muito cedo a acompanhar diversos problemas no âmbito familiar.
O professor precisa fazer o que ele é preparado a fazer, ou seja, ensinar, e não esperar por outro profissional adequado, todos nós temos a capacidade e preparo para isto, o que alguns tem é medo de não conseguir o objetivo e fracassar junto com o aluno.
Todas estas falas são de experiencias próprias, é o meu modo de ver a realidade escolar, não de uma forma administrativa, mas em sala de aula, direto com o aluno, trabalhando com uma turma igual a todas as outras, com diversos indivíduos cada um com sua personalidade própria e sua identidade.
Talvez não exista uma receita para o sucesso de todos os alunos e nem uma garantia que isto vá ocorrer, mas existe um caminho mais seguro para isto, que é a diversidade de conteúdos, é buscar caminhos diferentes, é buscar o que cada aluno tem de bom e privilegiar isto, e não marcar o lado negativo. Precisamos dar oportunidades de sucesso a todos.

sábado, 24 de abril de 2010

Reflexões da semana

Como o plano de aula é flexível, nesta semana eu mudei algumas coisas, são ideias de foram surgindo e que enriqueceram a pratica.

Para começarmos o tema Índios além da aula planejada passei para os alunos um filme documentado sobre o tema. DVD TV Escola – Pluralidade Cultura.

No segundo dia eles não trouxeram muitas sucatas então deixei a confecção dos artefatos para sexta-feira. Na quarta-feira foi feriado. E na quinta-feira foi à hora do conto com a professora Taciana que trabalhou a Fábula da “A Raposa e as uvas”, fez interpretação de texto, dobraduras e desenhos. Depois nos seguimos à aula.

Na sexta-feira não foi possível realizar a aula de educação física, que ficará para segunda-feira. A confecção do livro de hábitos de estudos será terminada no laboratório de informática, pois faltou a última parte para escrever “Porque precisamos estudar”.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desafios

“Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que o desejo dos outros fizeram de mim”
Fernando Pessoa
Esta semana analisando o meu aluno com dificuldades de aprendizado, pensei sobre os desejos de aprendizagem, pois às vezes parece que aquele entusiasmo que temos com nossos alunos quando estão sendo alfabetizados, dá força para conseguirmos o objetivo. Mas quando estamos com um aluno a cinco anos no 2º ano (11 anos de idade), penso, onde foi parar o desejo de aprender? Será que ainda resta algum?
Como diz a frase, não depende somente de mim, dos meus desejos, mas que os outros façam por mim também, em especial na aprendizagem, pois se o professor não acreditar mais, quem será que irá?
É imprescindível considerar a história de vida do aluno, resgatar a autoconfiança, autorizando-o a ser autor de sua própria história de vida e de seus desejos. Acreditar e trabalhar para isto.
Penso que muitos desistem por isto, alunos e professores, pois é muito difícil, o peso da repetência, do “fracasso” ainda é grande entre os alunos, resgatar a auto-estima de um aluno nestas condições é algo quase que surreal.
Meu aluno não tem desejo de aprender, a escola para ele não faz mais sentido, pois todos pensam que escola é lugar de aprender, e o que ele aprende lá? O que vai mudar em sua vida com esta aprendizagem?
Tudo isto é um dilema nas escolas ainda, pois não temos respostas para tudo, e digo sempre para minhas professoras que quando tudo dá errado, só nos resta o amor que temos pelos alunos. Amar o que fazemos e nossos alunos é uma solução de mestre, não podemos fazer milagres, não temos receitas, e nem o dom da perfeição, mas podemos fazer a diferença na vida deles com muito amor e carinho.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Planejamento

Penso que planejar não é apenas escrever o que vai ser dado para os alunos no dia seguinte, mas sim um pensar sobre nossa pratica de elaborar e executar nossos planos.
Quando vou planejar sempre penso no resultado final do trabalho e o porquê do mesmo. Penso em proporcionar um momento de aprendizagem que possa realmente fazer a diferença para os alunos, algo que seria fundamental para suas vidas. Sempre me imagino como aluno e o que fez a diferença para mim, pois sempre gostei de estudar e sei que foi em algum momento que uma professora me tocou e eu despertei para os estudos. Talvez se não houvesse este professor – que fez a diferença – eu estivesse trabalhando em outra profissão e sem a metade dos estudos que tenho hoje.
É importante planejar e tentar fazer a diferença em cada aluno, despertando o prazer de aprender.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Expectativas

Poço dizer que este ano para eu foram de muitas expectativas, algumas boas outras nem tantos. Quando entrei na UFRGS sempre imaginei este momento: dos últimos semestres do estágio e TCC. Imaginava que seria a coisa mais importante pra mim neste momento, que trabalharia 100% neste projeto, me dedicando corpo e mente – como em tudo que faço – neste trabalho. Pois vejo que estar nesta universidade é mais que uma oportunidade, mas sim um privilégio que merece doação e dedicação.
Hoje quando entrei na sala de aula para realizar meu estágio, estava insegura e um tanto desmotivada, pois é difícil se concentrar e dar conta de tantos trabalhos e problemas. Mas não posso desistir, pois percebi que tenho muita ajuda todos os profissionais e que as crianças ajudam a esquecer os problemas, pois pude contar com o carinho delas hoje. Pensando bem será bom ter este contato direto com elas, vai me fazer bem.
Minhas expectativas para este ano? Estão mais fortes, porque sei que no final dará tudo certo e nem posso esperar o grande final....OBA!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pensando nas arquiteturas pedagógicas

Em primeiro lugar posso dizer que para mim as arquiteturas pedagógicas são exemplos de um trabalho construído através da necessidade de conhecer e aprender. Arquitetura me lembra construção e na educação pra construirmos precisamos primeiro ter o desejo, a necessidade e curiosidade do novo, precisamos “querer”, para depois formar novas estruturas mais fortes. Sem o desejo não há crescimento, descobertas e aprendizado.
E neste “querer” que precisamos estimular os alunos a procurar novas aprendizagens a questionar o que está obvio e pensar naquilo que não temos certezas e sim dúvidas.
E por isto que penso que nada melhor que as ferramentas digitais para abrir estas descobertas, para ampliar o mundo e o desejo que descobrir de cada aluno. Uma pena que nem todos os centros de ensino estão adequados para este papel, poucos oferecem esta ferramenta, e alguns ainda quando tem oferece de forma inadequada, ou seja, não se explora todo o campo de trabalho.
Com tantas inovações, com um mundo tão grande fora da sala de aula, é quase surreal deixar os alunos de fora das tecnologias, é importante que cada escola lute para oferecer possibilidades para que os alunos busquem informações em diferentes ambientes. As aprendizagens precisam ser significativas do ponto de vista do sujeito, e assim transformá-los em sujeitos da própria aprendizagem. Pois não existe uma receita de como aprender, cada sujeito é autônomo dos seus pensamentos e desejos. É esta liberdade de pensamento que atrai o desejo e o prazer de buscar novas informações e transformá-las em aprendizagens significavas.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Recomeço

Olá a todos!

Finalmente voltei a escrever em meu blog, pois como todos sabem estou em casa ainda me recuperando de uma cirurgia e não posso trabalhar por enquanto, mas conforme o tempo vai passando vou me sentindo melhor e voltei a participar das aulas e debates sobre as construções do nosso penúltimo semestre “o tão sonhado penúltimo semestre”. As minhas expectativas são as melhores para este semestre, pois penso que na prática será melhor de compreender as arquiteturas pedagógicas estudadas por nós. Ainda tenho minhas dúvidas e certezas sobre o “como” trabalhar em sala em sala de aula, utilizando estes novos conceitos.
Confesso que também estou um pouco enferrujada de sala de aula, pois estou um ano na direção da escola e estou voltada para outro enfoque agora. Mas minha vida é sala de aula e é sempre bom retomar meu trabalho direto com os alunos. Sempre digo que “estou” diretora e não “sou” diretora, minha profissão é professora e gosto muito disso.
Nesta semana foi muito proveitoso falar de minha vida profissional (no pbwork), relembrando deste o início da carreira, depois falar da escola, pensar como ela é, e relembrar as características dos meus alunos, um a um, imaginando as mesmas e trazendo-as para o trabalho.
Pensei também e tive que pesquisar muito sobre as arquiteturas pedagógicas, pois tenho dúvidas ainda, é algo novo e não muito simples de se trabalhar, tive que reler nossos trabalhos e com certeza já mudei muitos aspectos, pois é natural pensar agora com outros objetivos e tentar trazer cada vez mais para a realidade a ser trabalhada. Penso que o projeto é para melhorar a prática docente e não criar mais desafios para nós, pois todos sabem que ensinar por si próprio já é uma tarefa muito difícil, e os meios precisam estar disponíveis para melhorar esta tarefa.
Não vou deixar me abater, a tristeza é um intervalo de duas felicidades e em breve voltarei com tudo!