segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Leituras...

Leitura Cultura e Leitura Funcional

Nesta semana estive observando os hábitos de leitura em nossa escola e em casa, me perguntei o que de fato faz uma pessoa gostar mais ou menos de ler, porque existem pessoas que lêem um livro por mês e outras que nunca terminaram um livro? Qual o papel da escola, família e sociedade diante estes fatos? Penso que precisamos formal em nossas Escolas cidadãos que lêem por cultura que gostem de ler, que tornem este um hábito, porque todos têm direito de ter mais cultura em suas vidas, de ter acesso a ela.
O que a maioria das escolas estão formando são sujeitos que lêem de uma forma funcional, usam a leitura de uma forma mecânica, ela é centralizada no modo funcional da escola, ou seja, só se lê para produzir o conhecimento necessário, e não de uma forma descentralizada onde se busca o conhecimento como um todo, desenvolvendo um manifesto cultural.
Os alunos só lêem o que estão nos livros didáticos.
A leitura não pode ser somente escolarizada, ela precisa ultrapassar os muros da escola e atingir toda a comunidade. Promovendo assim uma diversidade cultural.
Penso que precisamos de ações de políticas públicas eficazes, onde possam surgir das escolas espaços de cultura e leitura para toda a sociedade.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Aprender - Uma questão de Cidadania

Existem muitos modos de se trabalhar com alfabetização de adultos, muitos tão certos e alguns nos decepcionam, pois não podemos brincar com a alfabetização ainda mais com adultos que tem tanto para nós ensinar e mesmo assim ainda arrumam tempo para aprender, é uma grande lição de vida, o começar algo que a vida não proporcionou em outro tempo. Algumas instituições procuram fazer da prática educativa de alfabetização também um desafio de ordem política, pois ao mesmo tempo em que trabalham com os códigos da aprendizagem da leitura e da escrita, procuram o desafio de ampliar os ganhos de consciência dos grupos populares ao refletir sobre a sua realidade e sobre o seu mundo.
Estas atitudes prejudicam os fatores de ordem social, pois todos sabem as condições que vivemos, todos conhecem a sociedade que exclui que marginaliza a maioria dos pobres, que não tão condições mínimas para a realização das camadas populares. Estes fatos devem ser discutidos, levados em consideração, mas é preciso ter claro que alfabetização é muito mais que isto e não demonstra a qualidade necessária para uma educação que visa à autonomia.
Precisamos considerar a experiência acumulada por este educando e suas hipóteses a respeito de como tal processo de escolarização se realizam.
Paulo Freire entende alfabetização como um ato de conhecimento, no qual "aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem".
Ações assim tornam o homem construtor de seu conhecimento, partindo a aprendizagem do que sabem e não do que ignoram.
Precisamos deixar bem claro que não é o método que se elege que promove a alfabetização, mas é todo um conjunto de conhecimentos e a postura intelectual que adotamos com relação aos sujeitos e ao objeto da aprendizagem.
Assim como nós, que estamos no papel de educadores, crescemos e desenvolvemos ideias usando a leitura e nos expressando por escrito, os adultos não escolarizados podem estar procurando isso também.
A possibilidade de escrever está muito ligada ao valor que a proposta tem para cada um.

domingo, 11 de outubro de 2009

Libras

O que temos visto em nossas escolas e na sociedade em geral é que as famílias mudaram muito, já não são mais as mesmas de antes, e é lógico que isto implica em todos os tipos de comportamentos e condutas diante aos acontecimentos em gerais. Não há mais um único modelo de família tradicional e sim novos modelos reformulados de acordo com a sociedade onde estamos incluídos. Estas mudanças acabam afetando tanto as novas famílias como também aquelas onde existem casos de filhos surdos. Com toda esta reformulação é claro que todos acabam sofrendo mais, pois os papeis muitas vezes se invertem, sem contar que a sociedade é cada vez mais discriminatória e egoísta. Mas pensamos que para um pai ouvir um diagnóstico que um filho é surdo é algo desnorteador. Hoje o despreparo dos pais ainda é grande, muitos relatam que falta assistência e orientação, e muitos se sentem culpados e com medo, pois o desafio é muito grande.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Por que Projeto de Aprendizagem?

Alguns dos Motivos:
A aprendizagem através de P A tem orientado a prática pedagógica, para uma visão construtivista de solução de problemas – favorecimento da interatividade, da autonomia em formular questões, em buscar informações contextualizadas, da comprovação experimental e da análise crítica.
Este tipo de aprendizagem tem como um dos princípios atualizar fontes de informações e desenvolver novos talentos, competências em todas as áreas, impedindo que as defasagens aumentem. Desenvolver atitudes e valores para a convivência com autonomia e cooperação. Além de desenvolver novas habilidades para uma mesma profissão cujas atividades variam e se transformam rapidamente. O ideal é que as pessoas possam ser emergentes na profissão e vida.
Hoje os sistemas de ensino estão organizados para um modelo de funcionamento geral e padronizado. O PA vem para ajudar a atender os aprendizes como verdadeiros sujeitos de sua aprendizagem.
Para começar um projeto de aprendizagem, é importante ter definidos de quem são as dúvidas que vão gerar o projeto? Quem está interessado em buscar respostas?
No projeto quem é sujeito da sua aprendizagem é o aluno, temos encontrado que esta inversão de papéis pode ser muito significativa. Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, emergindo de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, para assim desenvolver a competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade.
Usamos como estratégia levantar, preliminarmente com os alunos, suas certezas provisórias e suas dúvidas temporárias. E por que temporárias?
Pesquisando, indagando, investigando, muitas dúvidas tornam-se certezas e certezas transformam-se em dúvidas; ou, ainda, geram outras dúvidas e certezas que, por sua vez, também são temporárias, provisórias. Iniciam-se então as negociações, as trocas que neste processo são constantes, pois a cada idéia, a cada descoberta os caminhos de busca e as ações são reorganizadas,
replanejadas.
Quando iremos nos dar conta de que o processo natural de desenvolvimento do ser humano é “atropelado” pela escola e pelas equivocadas práticas de ensino?
Buscar a informação em si, não basta. É apenas parte do processo para desenvolver um aspecto dos talentos necessários ao cidadão. Os alunos precisam estabelecer relações entre as informações e gerar conhecimento. Não há interesse em registrar se o aluno retém ou não uma informação, aplicando um teste ou uma “prova” objetiva, por exemplo; porque isso não mostra se ele desenvolveu um talento ou se construiu um conhecimento que não possuía.