segunda-feira, 18 de maio de 2009

Inclusão

Lendo os textos indicados do livro, percebi o quanto é importante e necessário discutirmos e principalmente o entendimento sobre o assunto da inclusão, bem como o conhecimento que temos que ter sobre o aluno para melhor poder ajuda-lo.
Como já falei anteriormente em meu blog, acho que não podemos ter um aluno em nossa escola com algum tipo de deficiência simplesmente para integra-lo, sem de fato que acha uma inclusão. E como fazer esta inclusão se não tivermos a informação? Falar em inclusão é falar de todo, é ver a escola como uma entidade ruptora de fragmentos, uma escola que faz a diferença.
Gostei do estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Se propusermos situações de acordo com a limitação da criança, ela não encontrará motivos para se sentir desafiada. Uma criança com atraso no desenvolvimento
motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída em ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada a desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado.
Outro fato é a importância da Educação Infantil para o processo de inclusão, o quanto mais cedo a criança ser estimulada maior o aprendizado, vejo que uma criança com deficiência o que ela mais precisa é tempo, ela tem seu tempo e precisa ter seu espaço e que isto seja respeitado.
Buscando construir bases e alicerces para o aprendizado, a criança pequena com deficiência
também necessita experimentar, movimentar-se e deslocar-se (mesmo do seu jeito diferente); necessita tocar, perceber e comparar; entrar, sair, compor e desfazer; necessita significar o que percebe com os sentidos, como qualquer outra criança de sua idade.
Hoje, é indiscutível o benefício que traz, para qualquer criança, independentemente de sua condição física,intelectual ou emocional, um bom programa de educação infantil.
A criança bem como o todo o seu redor não podem negar a deficiência, demonstrando que é necessário assumi-la para superá-la.
Ser diferente é normal quando olharmos com olhos de superação e observando que todos tem seu tempo e que ter uma deficiência não significa necessariamente que ele seja incapaz; a incapacidade poderá ser minimizada quando o meio lhe possibilitar acessos.
Para terminar destaco uma parte do texto que diz:”Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que
gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano.
Eu acrescentaria a palavra “algumas”, antes de atividades, pois acredito que deficiência gera incapacidade mas para algumas atividades e não generalizando.
“... deficiência não torna as pessoas com poucas possibilidades, mas sim com possibilidades diferentes” . Vigotsky

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Thais, legal o teu texto, trazes reflexões bem pertinentes sobre a inclusão. Chegaste a pensar em alguma ou algumas crianças e/ou situações em que possas fazer link com essas reflexões? Abração, Sibicca