quarta-feira, 22 de outubro de 2008

FUNDEB

Vejo que o novo plano é bom, no papel ele é realmente abrangente e preza uma educação igualitária e para todos. Mas o que me preocupa é a realidade. Todas estas mudanças causam um certo medo no corpo docente das escolas, pois as leis podem ser interpretadas de diversas maneiras e assim pode acabar prejudicando as escolas. Um exemplo disso é a ampliação dos alunos com quatro anos no ensino fundamental, as escolas mal estão dando conta dos alunos que têm, na medida de verbas, salas, espaço, professores, como faremos para abrigar está clientela também?
O maior desafio para o FUNDEF e agora para o FUNDEB é a questão de recursos. Não há como ter uma Educação de qualidade ser os recursos mínimos estabelecidos por lei. Mas também somente os recursos não farão uma escola de qualidade, isto é, precisamos do compromisso de todos, mas se não tivermos as condições mínimas não conseguiremos atingir uma educação igualitária. Muitas vezes nós professores vamos contra nossos próprios princípios como educadores, pois mesmo quando temos a vontade de mudar nos vemos esbarrados em uma burocracia e sem os recursos desejados.
A propaganda que nos passam é de que a cada dia a Educação está melhor no Brasil, ao mesmo tempo em que vemos escolas sem cadeiras, salas de aula com 40 alunos, sem merenda, sem professores, os mesmos servindo a merenda, limpando e ainda trabalhando com turmas de 1º ano ao 5º ano todos juntos. Por que não mostram o que diz no texto sobre o desrespeito da União com um débito com os Estados e Municípios, o valor acumulado de 1998 a 2005, superam os 20 bilhões de reais, o que se configura como um dos “maiores calotes” ao ensino fundamental da história do Brasil. Isto ninguém fala, mas quem sente somos nós, os alunos, a população de baixa renda que necessita e tem direito a uma Educação de qualidade.
Para haver democracia é preciso que cada um cumpra com seu papel, colocando em prática a sua implantação.

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