quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Respeito

Fazendo um elo nas interdisciplinas de Questões Etnicas-Raciais, onde estamos discutindo os verdadeiros valores a serem trabalhados sobre as etnias dos Negros e Índios, e Necessidades Educacionais Especiais que fala sobre a inclusão, vejo nas duas interdisciplinas um processo de respeitar o diferente modificando nosso modo de ver e agir diante as reformas que estamos vivendo nesta década da educação. Como diz o texto de Ana Maria Petersen, precisamos respeitar de uma forma específica, os povos indígenas, em sua cosmologia, não apenas no seu dia especial, mas sendo todo dia de índio. Precisamos abolir o “pintar as crianças de índio” e anunciar a existência de uma cultura indígena própria que luta por uma escola diferenciada, pela demarcação de suas áreas de terra ancestrais, pela sua sobrevivência.
“Todo dia é dia de índio”.
Podemos falar também no respeito ao “aluno especial”, na sua trajetória histórica marcada pela negligencia e omissão, onde incluir requer transformações que não ocorrem, a escola já é em espaço que por si própria não consegue lidar com seus alunos ditos “normais”, imagina os “especiais”. Como sita o texto de Arlete Aparecida Bertoldo Miranda “porque muito pouco de especial é a realizado em relação às características de sua diferença”.
Se tratando a todos estes casos especiais, índios, portadores de necessidades especiais, negros, o primeiro passo para a escola e a diferenciação curricular, é adequar a estrutura escolar para esses alunos e isto não se refere apenas ao espaço físico, mas sobre tudo, nos conteúdos, nas avaliações e na prática em sala de aula.
Sem contar com o dilema do Antropólogo Francês, em Filosofia, que respeita toda a forma de cultura dos povos como sendo uma questão de ética dele, mas se esquece que precisamos olhar o passado pensando no futuro e vivendo o presente. Respeitar não significa aceitar tudo como é sem questionar e intervir para novas possibilidades, como na história da inclusão, precisamos mudar o que muitos e muitos anos foi uma questão de cultura.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Ótima postagem Thais!! Além de trazeres as tuas aprendizagens e referências a textos que auxiliaram a construí-las, fazes também uma aproximação entre as várias interdisciplinas. Abração, Sibicca